sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Alqueva em fim de tarde

Depois de vários dias no Alentejo onde o céu apenas se apresentava limpo e sem nuvens, o que até era bom para a fotografia nocturna, apareceram algumas nuvens a alegrar os céus alentejanos. Depois de estudar um acesso a um dos muitos braços de água criados pela barragem do Alqueva, desloquei-me antes do pôr-do-sol para tentar fazer algumas imagens de paisagem. No fim fui presenteado com um céu fantástico como não via há muito!
Barragem do Alqueva, Mourão

domingo, 10 de agosto de 2014

Olhar para a vizinhança

Na minha recente viagem à Ilha da Madeira, no âmbito do projecto dos Gigantes da Floresta, para além das árvores, queria ver como seria o céu nocturno da ilha. As expectativas não seria altas uma vez que um local tão virado para o turismo, possui sempre muitas atracções e os seus respectivos reclamos luminosos, estradas todas iluminadas e mais uma miríade de luzes, luzinhas e outras tantas coisas. Mas ainda havia esperança! Na minha primeira noite no Fanal, o céu mostrava-se estrelado como não via há muito mas a via Láctea só se via parcialmente. Desloquei-me uns dias mais tarde até à Ponta de São Lourenço para tentar dessa vez captar toda a galáxia no horizonte, de ponta a ponta com o farol de São Lourenço ao centro da imagem. Apesar da poluição luminosa, era possível ver a olho nu e com bastante detalhe toda a nossa vizinhança galáctica.

domingo, 3 de agosto de 2014

É preciso trabalhar para ter sorte!

Quando me iniciei na fotografia de mamíferos nocturnos, tinha algumas ideias do que podia correr mal (geralmente, são as primeiras coisas em que se pensa!) mas ideias muito concretas sobre o que queria fazer: fotografar Gineta com grande angular e em especial a Gineta que eu ocasionalmente via nas minhas incurssões nocturnas pela Mata Nacional de Leiria. No total, passei quatro meses no mesmo local. Bem, não dormi lá mas deslocava-me todos os dias para ver, estudar, alimentar e fotografar um dos mamíferos mais discretos da fauna nocturna nacional. Durante esse tempo, identifiquei a hora de passagem  e qual o percurso que o animal fazia todas as noites, montei o equipamento e esperei a cerca de 70m com um sistema de visão nocturna para perceber se o animal entrava por onde queria. Durante essas esperas tive situações hilariantes e outras em que ao desmontar o equipamento, ficava perto de mim, a cerca de 3m a observar os meus movimentos.
As primeiras fotos são sempre uma grande emoção mas regra geral, são lixo. Havia que insistir e a práctica faz a perfeição. Consegui o que queria ao fim de um mês e embora o objectivo tivesse sido alcançado, queria ir um pouco mais além e saber o quão próximo me conseguia aproximar do animal. Agora o objectivo era um retrato com grande angular, a cerca de 20cm da Gineta. Fui na noite seguinte, fiz duas fotos e nunca mais lá voltei. Se calhar tive sorte!