quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Modos de Ver - Natureza

 Imagem

Durante o próximo dia 15 de Outubro, irei estar em Vendas Novas para apresentar o meu mais recente trabalho. Desta vez, uma apresentação sobre o Parque Nacional de Plitvice, na Croácia, onde me desloquei recentemente para efectuar um trabalho fotográfico. Para além de uma beleza surpreendente e de um verdadeiro marco Europeu no panorama das paisagem cársicas, a Croácia é um país incrível, virado para a Natureza e amado pelos seus habitantes.
A entrada é gratuita! Apareçam.
Consulte o programa aqui.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Cascata nocturna


Depois de algum tempo afastado por motivos que não interessa agora nomear, volto ás lides da fotografia nocturna. Desta feita, com uma imagem que andava a idealizar há já algum tempo. Para isso as condições teriam de ser as ideais ou perto disso. Várias foram as tentativas durante mais de um ano.
Para fazer esta foto, teria de chover durante alguns dias excepto no dia da foto, para que o caudal de água fosse o ideal. A Lua teria de estar acima de quarto-crescente, teria de haver algumas nuvens no céu e o vento teria de estar abaixo dos 5 km/h para que houvesse muito pouca água em suspensão de modo a não se depositar na lente. Felizmente isso aconteceu este fim de semana.
A cascata da Fórnea é uma bonita cascata sasonal no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. É alimentada pela água da chuva absorvida pelo calcário e que depois se precipita pelas encostas abaixo. A iluminação foi feita com uma lanterna de mão.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Concurso Generg - Fotógrafo de natureza do Ano

Durante o VI festival de Imagem e Natureza de Vouzela, foram divulgados os resultados do concursos Generg - Fotógrafo de Natureza do Ano. Fui premiado com o 2º luigar na categoria Flora com esta imagem de um Castanheiro com mais de 700 anos em Guilhafonso, perto da Guarda. esta imagem foi feita para o projecto Gigantes da Floresta e é com grande prazer que vejo uma das imagens do projecto a ser premiada.
Os resultados finais do concurso podem ser visto aqui.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Super Lua, super eclipse



Na noite do dia 28 de Setembro, aconteceu um daqueles eclipses que só acontecem umas 5 ou 6 vezes em 100 anos: um eclipse total da Lua no Perigeu. Visto por poucos devido ao adiantado da hora, teve o seu início ás 2:07h e final ás 5:27. O momento mais fascinante é quando a Lua se encontra eclipsada na sua totalidade, adquirindo uma cor laranja, resultado da luz que é reflectida da Terra. Bonito de ver é o efeito no céu de uma Lua cheia e que quase não emite luz. Já assisti a muitos eclipses mas fico sempre fascinado com estes fenómenos. Por essa razão tento nunca falhar um. Neste caso fiz quase 300 km's para fugir ao intenso nevoeiro que se fazia sentir no litoral Oeste.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Uma por duas!


Num recente trabalho de 4 dias no Parque Nacional da Peneda-Gerês, desloquei-me principalmente para imagens diurnas. Apesar de estarmos em Maio, o frio era ainda algum, chegando mesmo aos 6ºC pela noite dentro. No entanto, e como já referi anteriormente noutras entradas, encontrava-me num dos locais do país onde o céu é mais escuro: o coração do Parque Nacional, longe de localidades e onde a poluição luminosa se encontra bloqueada pelas montanhas. Com um céu assim, era fácil fazer um rasto de estrelas englobando alguns dos temas mais recorrentes na serra. Uma hora de exposição aqui, parecem duas na zona centro.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Com as mão ocupadas...


Num dos locais mais escuros do País, procurava fazer imagens de rastos de estrelas com muito longas exposições. A noite apesar de quente, apresentava-se com uma grande limpidez atmosférica. A busca do local já tinha sido feita durante o dia pelo que só teria agora de colocar as máquinas, compor, afinar e esperar. Durante a fase de montagem, uma raposa andou por ali mais de 1 hora, ora aproximava-se ora se afastava. Logo após o início da exposição, um barulho na água revela a presença de outro mamífero: uma lontra. Esta tinha acabado de apanhar um peixe e veio calmamente para junto da máquina comê-lo. Esteve ali uns bons 3 minutos. Perante este cenário e com ambas as câmaras ocupadas, nada mais podia fazer senão apreciar este breve momento da natureza. Para a próxima levo mais uma máquina!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A caminho de Vouzela!


Finais de Janeiro e cá está mais uma edição do Cinclus - Festival de Imagem de natureza.
Na sua quinta edição, muitos são os motivos para não faltar: grandes apresentações, lojas de material especializado, exposições e a partilha de emoções, palavras e imagens de muitos fotógrafos amadores e profissionais. Dois dias de fotografia, ilustração e vídeo em Vouzela dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro.
Mais uma vez lá irei estar mas desta feita para fazer a apresentação do projecto internacional, MeetYourNeighbours.
Um programa recheado já disponível. A entrada é gratuita!
Espero-vos por lá!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Boas Festas


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Fototour Orquídeas 2015


Fototour Orquídeas 2015
As serras dcalcárias do litoral centro são o mais importante repositório das formações calcárias existente em Portugal. Inseridas numa região de transição entre a Estremadura e o Ribatejo, constituiem uma barreira natural elevada. Aqui podemos encontrar paisagens únicas, com fenómenos cársicos excepcionais e espécies de flora e fauna singulares.

Iremos percorrer várias zonas de grande interesse natural, pela variedade de coberto vegetal e pelos diferentes aspectos geomorfológicos que apresenta. A grande riqueza de biótopos (matos, escarpas, olival, e carvalhal) permite a existência de uma flora e fauna diversificada, de onde se destacam várias espécies de orquídeas selvagens, plantas aromáticas endémicas e bosques de carvalho-cerquinho.

Mais informações aqui.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Controlar a luz


Desde que comecei nisto da fotografia nocturna, já lá vão muitos anos, sempre me acompanhou uma velha lanterna que me habituei a usar de várias maneiras. Ao início, houve muita experimentação, demasiada luz ou muito directa. Depois vieram os testes com a cor, e os tempos de iluminação. Uma lanterna normal, das que se vendem nas lojas, não possui propriamente um controle de tempo de exposição. Tem um botão para ligar e desligar e mais nada! Aprendi ao longo do tempo a saber quando ligar e quando desligar, a que distância iluminar e para onde apontar, Se é directa, reflectida ou difusa. Hoje em dia, já não ligo muito a isso. Acontece tudo muito naturalmente. São raras as vezes em que não consigo iluminar como quero à primeira vez. Foi desde à muitos anos, é e será um acessório absolutamente indispensável nas minhas fotos.
            Menir da Meada, Castelo de Vide

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Na praia.. há milhões de anos!


Quando comecei a fazer as imagens para o artigo que acabou por sair este mês na National Geographic Portugal ainda não fazia ideia do que me esperava, tanto a nível fotográfico como científico e mesmo a nível emocional.
São tantas as imagens que posso fazer que mesmo assim fico sempre com a sensação de que ainda não tenho a imagem que queria. Fotografa-se de manhã, de tarde, de noite e até de madrugada. Sob nevoeiro e mesmo sob chuva, com vento e frio, todas as condições são válidas para se obter uma imagem. A nível científico, ouvimos tanta coisa, lemos tanta coisa e perguntamos tanta coisa que o mais difícil é manter-mo-nos isentos, longe de qualquer opinião que possamos ter. Mas tudo isto tem um propósito: informar com rigor o que se passou, passa e irá passar. Visitei a pedreira do Cabeço da Ladeira muitas vezes e sempre fiquei fascinado com o que via. Influenciado pelo que se tem passado na costa de S. Pedro de Moel, onde os fósseis de amonites são sacados de qualquer maneira, confesso que receei a "subtracção" dos fósseis. No dia seguinte a ter fotografado este ouriço, voltei ao local e apenas estava lá o sítio, Pergunta aqui, email acolá e lá acabei de saber que o fóssil tinha sido retirado pelos técnicos do PNSAC e LNEG para preservação futura. Voltei a encontrá-lo mais tarde, agora no laboratório do Museu Nacional de Geologia, analisado ao mais ínfimo pormenor por mão hábeis e experientes.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Dark Sky Noudar


Durante este verão, voltei a uma zona que, continuo a dizer, possui dos céus mais escuros no nosso País: a zona de Barrancos na margem esquerda do Guadiana. Fiquei alguns dias no Parque de Natureza de Noudar, onde o céu é fantástico e onde a Via Láctea domina o céu nocturno. Estou habituado a identificar todas as constelações no céu mas com tanta estrela tornava-se difícil distinguir até as mais comuns. Desloquei-me até ao Castelo de Noudar para o usar como 1º plano enquanto fotografava a Via Láctea. A iluminação foi feita com vários flashes. Esta é uma imagem panorâmica obtida a partir de 7 imagens verticais.
O céu de Barrancos faz parte da reserva Dark Sky Alqueva desde Dezembro de 2011 e possui dos céus mais escuros que já vi em Portugal. Apenas como nota de rodapé, estive uns dias depois na Dark Sky Party em Monsaraz, onde o céu era absolutamente decepcionante. A poluição luminosa era tal que usando os mesmos parâmetros que usei em Barrancos, a imagem mostrava um laranja dominante, originado pelas lâmpadas de sódio de alta pressão da iluminação pública. Não basta ser reserva Dark Sky. É necessário igualmente preservar o céu e procurar maneiras de reduzir ao máximo a poluição luminosa. Talvez neste site encontrem algumas dicas.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Alqueva em fim de tarde


Depois de vários dias no Alentejo onde o céu apenas se apresentava limpo e sem nuvens, o que até era bom para a fotografia nocturna, apareceram algumas nuvens a alegrar os céus alentejanos. Depois de estudar um acesso a um dos muitos braços de água criados pela barragem do Alqueva, desloquei-me antes do pôr-do-sol para tentar fazer algumas imagens de paisagem. No fim fui presenteado com um céu fantástico como não via há muito!
Barragem do Alqueva, Mourão

domingo, 10 de agosto de 2014

Olhar para a vizinhança


Na minha recente viagem à Ilha da Madeira, no âmbito do projecto dos Gigantes da Floresta, para além das árvores, queria ver como seria o céu nocturno da ilha. As expectativas não seria altas uma vez que um local tão virado para o turismo, possui sempre muitas atracções e os seus respectivos reclamos luminosos, estradas todas iluminadas e mais uma miríade de luzes, luzinhas e outras tantas coisas. Mas ainda havia esperança! Na minha primeira noite no Fanal, o céu mostrava-se estrelado como não via há muito mas a via Láctea só se via parcialmente. Desloquei-me uns dias mais tarde até à Ponta de São Lourenço para tentar dessa vez captar toda a galáxia no horizonte, de ponta a ponta com o farol de São Lourenço ao centro da imagem. Apesar da poluição luminosa, era possível ver a olho nu e com bastante detalhe toda a nossa vizinhança galáctica.

domingo, 3 de agosto de 2014

É preciso trabalhar para ter sorte!


Quando me iniciei na fotografia de mamíferos nocturnos, tinha algumas ideias do que podia correr mal (geralmente, são as primeiras coisas em que se pensa!) mas ideias muito concretas sobre o que queria fazer: fotografar Gineta com grande angular e em especial a Gineta que eu ocasionalmente via nas minhas incurssões nocturnas pela Mata Nacional de Leiria. No total, passei quatro meses no mesmo local. Bem, não dormi lá mas deslocava-me todos os dias para ver, estudar, alimentar e fotografar um dos mamíferos mais discretos da fauna nocturna nacional. Durante esse tempo, identifiquei a hora de passagem  e qual o percurso que o animal fazia todas as noites, montei o equipamento e esperei a cerca de 70m com um sistema de visão nocturna para perceber se o animal entrava por onde queria. Durante essas esperas tive situações hilariantes e outras em que ao desmontar o equipamento, ficava perto de mim, a cerca de 3m a observar os meus movimentos.
As primeiras fotos são sempre uma grande emoção mas regra geral, são lixo. Havia que insistir e a práctica faz a perfeição. Consegui o que queria ao fim de um mês e embora o objectivo tivesse sido alcançado, queria ir um pouco mais além e saber o quão próximo me conseguia aproximar do animal. Agora o objectivo era um retrato com grande angular, a cerca de 20cm da Gineta. Fui na noite seguinte, fiz duas fotos e nunca mais lá voltei. Se calhar tive sorte!

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Não te esqueças do chapéu!


Já por várias vezes aqui referi que a altura que mais gosto para fotografar a Lua é quando esta tem apenas dois dias de idade. Não é só por motivos fotográficos mas igualmente porque quando se aponta o telescópio, conseguem-se observar com muito mais nitidez todos os detalhes de crateras e outras características, principalmente na zona do terminador, a zona de transição entre a luz e a sombra.
Dá-me imenso prazer fazer rastos de estrelas mas um rasto de Lua oferece uma dificuldade ainda maior. Uma imagem deste tipo, demora algum tempo a planear. Desde a busca do local até à hora exacta, falamos de vários dias de planeamento. O local tem de ser calculado ao metro, porque mais um metro ao lado e a composição não resulta como queremos, invalidando toda a preparação feita. A escolha da lente, da abertura, do ISO e da distância focal precisam de ser feitas cuidadosamente para que nada falhe. Uso esta técnica à já alguns anos, 9 para ser mais preciso, e custou um pouco a desenvolver. Foram muitas tentativas, com muitos insucessos e alguns resultados satisfatórios. A fotografia em si, tem uma exposição de 55 minutos num único frame mas o tempo total de execução tem mais de 3 horas, desde a preparação, deslocação, montagem do equipamento e afinação dos parâmetros da máquina mas o mais curioso é que nada disto seria possível sem um simples chapéu!

domingo, 4 de maio de 2014

MYN Style at night


Nestas noites que se adivinham quentes durante os próximos meses, as várias espécies de borboletas nocturnas, (ordem Lepidoptera) lançam-se num frenesim de procura de par para acasalar e perpetuar a espécie. Existem aproximadamente 160.000 espécies e muitas destas ainda estão por descobrir.
Em mais uma iniciativa do grupo Borboletas Nocturnas da Marinha Grande, nesta saída nocturna que se prolongou até ás 4 da manhã, aproveitei para aplicar o estilo Meet Your Neighbours, e fotografar estas belas borboletas. No painel encontram-se 23 espécies diferentes, todas fotografadas na mesma noite, e igualmente um representante de cada uma das espécies arbóreas (Pinheiro bravo;Pinus pinaster e Carvalho Roble; Quercus robur) e  mais comuns na zona de observação.
Mata Nacional de Leiria

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mar de nuvens


Procurava à muito, fotografar um mar de nuvens. Este tipo de fenómeno apenas é possível em locais de grande altitude sendo as ilhas os locais  mais comuns para a sua observação. Em Portugal continental, um dos locais onde este é observável, é o ponto mais alto da Serra da Estrela. Tive a oportunidade de ver as condições a serem criadas à minha frente. Acima de mim, um céu fantástico, como não via há muito, e por baixo um mar de nuvens imenso, sem fim, pontilhado pela luminosidades das várias povoações.
Parque Natural da Serra da Estrela

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Céu alentejano


De cada vez que vou ao Alentejo, desloco-me principalmente para fazer fotografia nocturna. De há muitos anos para cá que visito o Alentejo interior onde as povoações em menor número não causam tanta poluição luminosa. Desta vez fui até ao Parque Natural da Serra de São Mamede. Uma serra lindíssima, com os seus penedos graníticos, cristas quartzíticas e céus limpos. Pela paisagem encontram-se dispersos enormes blocos graníticos, vestígios da última glaciação.
Parque Natural da Serra de São Mamede

quinta-feira, 27 de março de 2014

COSMOS

Comos é sem dúvida a série televisiva de maior audiência de todos os tempos. Notável é a maneira como chegou a mais de 500 milhões de espectadores, levando a ciência a todos através de um cientista tão carismático como foi Carl Sagan. Vi-a quando estreou em Portugal, no ínício dos anos 80 e lembro-me que me marcou profundamente. Carl Sagan era para mim um ídolo pela maneira como comunicava, como falava e como transmitia o seu conhecimento. Aguçou a minha curiosidade e mudou a minha maneira de pensar. Comprei o livro e já o li 5 vezes e possuo em DVD a primeira edição da série. A minha curiosidade por tudo, mas principalmente pela noite e pelas estrelas vem desde os meus 12 anos.
Agora, em 2014 ai está de novo um remake desta tão bem sucedida série apresentada por um igualmente carismático cientista como é Neil deGrasse Tyson. A série continua bem feita, actual e com o mesmo espírito acutilante que Carl Sagan imprimiu. Cosmos - A space odissey, transporta-nos através do universo maior e menor na nave da imaginação, onde viajamos ao mesmo tempo pelo espaço e pelo conhecimento.
Todas as segundas, ás 23h no National Geographic Channel.